sábado, 9 de junho de 2012

da definição do projeto

Conforme havia postado, para Manzini, existem duas possibilidades da participação do designer em uma comunidade: projetando para e projetando em. Depois de estudos e leituras, que me ajudaram a compreender melhor a disciplina, e da visita à Cooperunião, pude definir melhor o escopo do meu projeto.


Estudando as possibilidades de trabalho com a Cooperunião, enxerguei 3 possíveis caminhos a seguir:
1) desenvolver produtos com base na flor;
2) desenvolver melhor a linha de papelaria;
3) criar outro produto utilizando sacos de cimento.

A primeira possibilidade não me pareceu muito atrativa, a partir do momento em que conheci melhor a história da Cooperunião e percebi que a flor é um case de sucesso na cooperativa, sendo que meu papel seria otimizar uma solução que já dava certo.
A terceira possibilidade foi a que mais me chamou atenção no início de todo o projeto. Entretanto, me preocupo com o cronograma e com o tempo que escolher essa frente pode demandar em termos projetuais, sendo o material muito específico e peculiar. Seriam necessárias várias etapas de experimentações, protótipos e testes, para que o resultado fosse um produto que a comunidade, de fato, pudesse passar a comercializar.
Passando então para a segunda possibilidade, percebi que era a mais viável para o contexto.
Quando conheci a cooperativa, Maria me falou que o grupo de artesãs estava com dificuldades em criar linhas de papelaria e que essa era a principal demanda que elas tinham. Decidi que meu papel frente à comunidade com a qual estou trabalhando, em um primeiro momento, seria melhor aproveitado se eu tiver projetando em, ou seja, agindo como uma facilitadora para que ideias se transformem em soluções.

Sendo assim, meu projeto consiste em desenvolver linha de papelaria para a Cooperunião.

A partir de um projeto definido, já posso tirar alguns requisitos de projeto das etapas anteriores:
• preservar as características de identidade da cooperativa;
• utilizar sacos de cimento como material destaque e diferencial nos produtos;
• inserir a Cooperunião no processo;
• otimizar o sistema de produção, gerando o mínimo de resíduos possível, por meio de produtos sustentáveis;
• ser acessível à cooperativa, em termos de produção, utilizando ferramentas que ela já possui.

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